PS "não quis ou não soube fazer as reformas que deveria"

O secretário-geral dos Trabalhadores Social-Democratas (TSD), Pedro Roque, disse hoje em Angra do Heroísmo, na abertura do VI Congresso dos TSD/Açores, que "os social-democratas são sempre chamados a pagar a factura depois da festa socialista".
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Segundo o responsável, o PS "não quis ou não soube fazer as reformas que deveria ter feito por motivos claramente eleitoralistas, deixando o país confrontado com uma situação complicada".

Para Pedro Roque, "os portugueses, como noutras alturas da história, onde questões mais importantes estiveram em causa e crises mais profundas foram vividas, não vão ser dobrados por uma crisezeca".

O secretário-geral dos TSD elogiou Pedro Passos Coelho ao referir que "o país tem uma pessoa que já deu provas de que não verga" e que "tem calma perante as dificuldades".

Sobre os Açores, sublinhou que também no arquipélago "parece ter chegado a hora para um novo ciclo político que possa arrancar a região para um novo surto de desenvolvimento", com maior geração de riqueza e emprego.

"Os açorianos cumprem Portugal no Atlântico num contexto particularmente difícil, numa terra dividida num conjunto de nove ilhas cuja realidade decorre em condições particularmente difíceis de vida e subsistência de que todos devem ter consciência", referiu Pedro Roque.

Por isso, disse "acreditar que todos os militantes dos TSD, em todas as ilhas, estarão à altura das suas responsabilidades e na primeira linha do combate" no arranque deste de um novo ciclo.

Por seu turno, o presidente cessante dos TSD/Açores Rui Ramos apelou a uma "maior proactividade, com soluções que fortaleçam os trabalhadores social-democratas, de todos os sindicalistas, para uma participação livre em defesa do trabalho e solidariedade social".

"Vivemos uma crise complicada para a qual os trabalhadores e as famílias se vêem atiradas devido a políticas e medidas governamentais erradas que levaram ao aumento do desemprego", acrescentou.

Para Rui Ramos, "a crise do desemprego não é só por causa da crise, mas tem um tempo anterior", localizando-a em 2003 e apontando como causa "as falhas das políticas socialistas".

O VI Congresso dos TSD/Açores, que decorre até domingo, deverá eleger como novo líder Joaquim Machado, antigo deputado e subsecretário regional da Comunicação Social nos governos de Mota Amaral.

Joaquim Machado apresentou a moção "Todos Convocados", na qual define três tarefas imediatas e essenciais: defender os trabalhadores, denunciar os insucessos das políticas socialistas de emprego e participar na formulação das propostas do PSD/Açores para as eleições regionais de 2012.

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